Em se tratando de interiores, existem projetos nos quais as exigências de conforto e bem-estar se sobrepõem a todas as demais. Caso, por exemplo, deste apartamento de 432 m² concebido para um casal maduro, com filhos já crescidos – não em comum – que não costumam receber hóspedes. “Meu principal desafio foi conceber ambientes atemporais. Envolventes, mas sem maiores excessos”, resume a arquiteta Fernanda Marques.

Surgiu assim uma proposta, onde de fato, os ambientes são amplos e sutilmente integrados. A luminosidade é intensa e o verde se faz presente em pontos estratégicos. Onde móveis e tapetes acessórios, em tons claros e com linhas bem definidas, colaboram para uma sensação de permanente suavidade, tão a gosto de seus proprietários. Sem clichês, um apartamento confortável e acolhedor. Mas, nem por isso, menos contemporâneo.

Iluminação indireta e mobília pensada para interligar os espaços criam um espaço acolhedor

Assim, da implantação ao último vaso, tudo por lá é simples e claro. A entrada ocorre pela sala de estar, que juntamente com as de jantar e TV ocupa o centro do projeto. A partir deste ponto, temos a cozinha e as suítes master e de hóspedes, conectados por um corredor. Ocupando parte considerável do apartamento, a área íntima conta com dois closets e dois banhos, senhor e senhora, além de um pequeno escritório.

Pensada para ser indireta, a iluminação foi trabalhada com base em abajures e luminárias de piso. Como a área de estar encontra-se frente à fachada oeste e o piso de limestone se espalha por todo o setor social, o excesso de luminosidade teve de ser devidamente controlada por meio de cortinas que se espalham por todo o perímetro dos painéis de vidro. O que garante, também, a perfeita visualização das obras expostas, como as belas serigrafias de Paulo Pasta e Palatnik

O ideal de plena integração foi sem dúvida determinante na escolha do mobiliário. Os sofás são extensos o suficiente para interligar os espaços, assim como os tapetes que contribuem para este objetivo. A textura dos revestimentos foi outro item bastante estudado. “Queríamos trabalhar com materiais que despertassem a vontade do toque, que sugerissem acolhimento e, me arrisco a dizer, chegamos lá”, pontua Fernanda.