Integrar ao máximo todas as áreas sociais, incluindo um grande terraço existente, foi um objetivo plenamente alcançado pela arquiteta Fernanda Marques, na reforma deste apartamento, de 330 m2, em São Paulo. Ainda assim, unificar – ou não – todos os espaços é uma decisão que fica a critério dos moradores. Basta manter as portas pivotantes permanentemente abertas, ou, fechadas.

Projeto minimalista favorece a circulação

“Eles tinham alguns bons quadros e objetos, além de muito entusiasmo de fazer crescer a coleção. Encontraram a arquiteta certa. Adoro arte e foi com o maior prazer que lhes dei uma mãozinha neste sentido”, destaca a arquiteta, que ajudou a família a compor um acervo de peso, composto por obras de artistas como James Kudo, Marcia Xavier, Betina Vaz, Estela Sokol, Guilherme Dable, Arthur Lescher e Laura Vinci, entre outros.

Com o objetivo e dar destaque a tão representativo acervo, algumas paredes foram deliberadamente deixadas nuas. “Meu desafio foi criar um diálogo interessante entre trabalhos de estilos tão diferentes, expondo-os de maneira que tivessem autonomia e não meramente como um dos itens da composição, sintetiza Fernanda.

De gosto minimal, o projeto de interiores investe em boas condições de circulação e em espaços apenas esparsamente mobiliados com peças ícones do design contemporâneo, tais como, a chaise Terminal One, desenhada por Jean Marei Massaud, as poltronas Papilio, de Naoto Fukasawa e as poltronas P22 de Patrick Norguet.

Em meio a tantos pontos de interesse, especial atenção foi dedicada ao projeto luminotécnico. Por meio de uma bem dosada combinação de luz direta e indireta, a iluminação surge pontuando as obras em exposição, tangenciando as paredes, ou, por vezes, apenas direcionando o olhar para um dos móveis da coleção.